Cobertura para Quadra Poliesportiva (São Paulo/SP) 2007












Contar a história de um lugar utilizando uma linguagem atual não representa um desafio, e sim uma reflexão sobre o sistema construtivo empregado naquela época, sem distorcer a antiga forma da primeira cobertura existente, feita em madeira e concreto. Mas devemos também utilizar elementos construtivos do nosso período, como uma forma de marcar o ambiente para as gerações vindouras.
O local é relativamente fácil, mas a resposta não pode ser tão simples pelas próprias modificações dadas pelo problema. Se não ocorrer uma resposta coerente, o volume da cobertura torna-se um incômodo aos olhos do observador que a vê.
Ao mesmo tempo, temos a questão das árvores. Elas representam tanto um obstáculo quanto uma história viva do clube, com suas árvores centenárias, plantadas quando o clube foi fundado.
A solução foi criar a uma forma que dialogue com a cobertura da antiga quadra, inclusive utilizando o mesmo sistema estrutural de treliças, o que muda é o material utilizado, empregando o metal, marcando a nossa geração.
A cobertura pousa igual a uma ave no meio do parque, seu volume monumental é amenizado por utilizar painéis ora cheios, ora vazados, permitindo a integração da quadra com a vegetação do entorno, além de proporcionar iluminação, ventilação, e de atender o requisito mínimo do programa: cobrir um grande vão.
Enfim, a cobertura tem o propósito de criar uma sensação de abrigo, mas também de proporcionar uma idéia de liberdade.